Estação de Tratamento de Esgoto (ETE)
Esgoto, efluente ou águas servidas são todos os resíduos líquidos provenientes de indústrias e domicílios e
que necessitam de tratamento adequado para que sejam removidas as impurezas e assim possam ser devolvidos à
natureza sem causar danos ambientais e à saúde humana.
Geralmente a própria natureza possui capacidade de decompor a matéria orgânica presente nos rios, lagos e no
mar. No entanto, no caso dos efluentes essa matéria é em grande quantidade eigido um tratamento mais eficaz em
uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) que, basicamente, reproduz a ação da natureza de maneira mais
rápida.
É importante destacar que o tratamento dos efluentes pode variar muito dependendo do tipo de efluente tratado e
da classificação do corpo de água que irá receber esse efluente, de acordo com a Resolução CONAMA 20/86.
Quanto ao tipo, o esgoto industrial costuma ser mais difícil e caro de tratar devido à grande quantidade de produtos
químicos presentes.
Quanto à classificação, o efluente deve ser devolvido ao rio tão limpo ou mais limpo do ele próprio, de forma que
não altere suas características físicas, químicas e biológicas. Em alguns casos, como por exemplo, quando a
bacia hidrográfica está classificada como sendo de classe especial, nenhum tipo de efluente pode ser jogado ali,
mesmo que tratado. Isso porque esse tipo de classe se refere aos corpos de água usados para abastecimento.
Pode-se então, separar o tratamento de esgoto domiciliar em 4 níveis básicos: nível preliminar, tratamento
primário etratamento secundário que tem quase a mesma função, e tratamento terciário ou pós-tratamento.
Cada um deles têm, respectivamente, o objetivo de remover os sólidos suspensos (lixo, areia), remover os sólidos
dissolvidos, a matéria orgânica, e os nutrientes e organismos patogênicos (causadores de doenças).
No nível preliminar são utilizadas grades, peneiras ou caixas de areia para reter os resíduos maiores e impedir
que haja danos as próximas unidades de tratamento, ou até mesmo, para facilitar o transporte do efluente.
Em seguida, no tratamento secundário, os microorganismos irão se alimentar da matéria orgânica convertendo-a
em gás carbônico e água. E no terceiro e último processo, também chamado de fase de pós-tratamento, são
removidos os poluentes específicos como os micronutrientes (nitrogênio, fósforo…) e patogênicos
(bactérias, fungos). Isso quando se deseja que o efluente tenha qualidade superior, ou quando o tratamento não
atingiu a qualidade desejada.
Quando se trata de efluentes industriais a própria empresa que faz o tratamento de esgoto exige que a indústria
monitore a qualidade dos efluentes mandados para e estação. No caso de haver substâncias muito tóxicas ou que
não podem ser removidas pelo tratamento oferecido pela ETE, a indústria é obrigada a construir a sua própria ETE
para tratar seu próprio efluente.
Fonte: COPASA, CETESB.